O desprezo, a frieza dos olhares
a descriminação do pensamento,
o desvio dos olhos, da frontalidade...
Onde há tempo para ser,
para sentir, para pensar e para viver?
O cansaço que se transporta no final do dia,
a vontade enorme de ir para casa dormir
sem energia para rir.
Para quê ligar a televisão
se nos falam da corrupção
e continuamos a sobreviver na mesma opção?
Tantas pessoas à minha volta
e continuo a não sentir os seus corações a bater?
Liberdade, onde moras? Preciso de me queixar,
que há algo que está errado e que me anda a matar.
Não, não falo da solidão da incompreensão,
não falo da escuridão de tantos que não dão a mão,
não falo dos outros da minha relação nem vice-versa,
não falo de revolução, a Natureza,
o humano perdeu a essência da sua beleza.
E quem nos tirou tal?
Fomos nós que criticamos sem moral?
Serão os que governam Portugal?
Nada muda continua tudo igual.
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