A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Harmonia

Harmonia
Julgas-me por ter errado
sem saberes se foi mal-intencionado.
A hipocrisia realmente existe,
quando gente como tu insiste
em alimentar-se do erro de outrem
sentindo-se acima de alguém.
Fracos de espírito,
não têm conquistas,
escolhem perder tempo
em jogo de boatos satírico
entre demónios artistas
esmiuçando o momento
para gabarem-se invertidamente
acusando quem segue em frente,
gente dessa gente só se dá com essa gente,
à escolha da próxima vítima
mas essas consciências desconhecem
que as suas vítimas deles são eles
enquanto se aquecem uns aos outros
de garras com coração do do lado
para destruir casa haja confusão
e no final dizer que já sabiam
que o outro era um aldrabão.
Espero que compreendas,
não tem a ver com a tua definição de natural
que limita constantemente o percurso considerado normal.

Não existe subir socialmente, mas sim expandir
transversal e universalmente através do ser,
talvez tornando-se imortal depois de morrer,
pois é o amor que o fortalece em cada situação.
Porque acreditamos mesmo sendo ilusão,
porque já sabemos de ante-mão
que o mal consome-se a si próprio
enquanto se ri e a nossa alma se recusa
aceitar a realidade definida por quem se engana,
gente mentirosa movimentada pela certeza
de já estarem por cima de nós logo à nascença,
mas a base abala o mundo deles quando abana,
é só semear por baixo deste cimento
que as plantas insurgirão com o tempo.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Love Like Be

I love you baby!!
Oh I love you baby!!
Yeaaaaaaaa.....

Better than
drink a coffee and
smoke a cigarrette
at every morning,
is watching you
drinking my coffee
with a cigarrette
and my shirt set too!

Because, baby,
I love you
more than i can say!!

You see,
i'm singing other language
'cause i'm frustrated
and more happy than i could be!
OooOOooh!
I'm happier than me!!

OooOOooh!
Singing this pseudo-song
like years sixty!!
And is on my bath!
With my shower!
With all my faith
singing badly
for like an hour!
Oooooooh!
So badly!

'Cause baby,
let me show to this tiles
how happy i am
doing a falsetto,
they wanna run miles
away from my echo!!

AND!!

Baby, i don't wanna know
'cause you are the one
who's matter to my world!!
And believe me, girl!!
You are the world!!
OooOOooh!
The world!!
Yes, you are!

I though i couldn't be more stupid
than already am!!
BUT!!
OooOOooh!
Yes, i did!!
Yes, i can!!
OooOOooh!
How life can be so amazing!!

Like i barely manage
to write another language
and sing it worse!
Just to show
how much i love you
like i'm cursed!!
OooOOooh!
Well-cursed!!
OooOOooh!
I love you baby!!

Now that i don't have voice
bring me a tea at your choice!
Thanks!! Or...
me and you, we can do the do!!
And i know you want it too!!

So... this is the end of words.
A Ciência descreve a partícula
e o poeta escreve o seu campo gravitacional.
Envelhecer é,
sobretudo, saudade,
saudade de viver.

Velhice é
limitar a liberdade,
é ser auxiliado
a morrer.

A qualquer idade,
ser velho é, sobretudo,
uma questão de mentalidade.


Quando quero escrever sobre felicidade simplesmente, não me apetece escrever.
Como me possuíste, paixão,
e eu, cego pela tua beleza,
fascinado pela tua filosofia,
tornei-me pela tua bênção
anjo humano.

Contigo não reconheci tristeza
e as profundezas levavam-me ao céu.

Senti-me fisicamente real.
Tinha tudo decorado,
pois eras tu o tudo
na minha certeza 
do nosso destino igual.

Quero-me apaixonar novamente,
estar certo das palavras que escrevo
e escrevê-las repetidamente
sem nunca me sentir preso.

Deixai o amor aos pais e às mães,
aos irmãos e a todas as relações
cujo o amor se torna banal
por ser original e natural.

Paixão é história par,
é sorrir e ressuscitar
a razão de viver
partilhando de puro prazer.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Paixão em Chamas

Finalmente
tornei-me humano,
senti paixão.

Arde a minha carne por ela,
faz-se sempre tarde
não estar na presença dela.
Maldita matemática do tempo
e a sua dimensão espiritual,
não vejo o momento de satisfação carnal
em fusão com o ser sentimental.

Olho para o relógio
e só passaram dez segundos,
quero estar a sós contigo,
aglomerar os nossos mundos.

É disto que preciso,
tornar físico o sentimento
amor, amar com paixão,
com a malandrice dum sorriso
igualada à intenção.

Que se lixe o mundo
e o tudo o que está lá dentro,
tu é que és o meu centro
que foco com olhar profundo.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Homem Furagido

Desconhecido,
não tinha aparência mas era descrito.

Em terra forasteira 
a maior lenda entre gente estrangeira.

Ultrapassou as grades invisíveis,
as barras de ferro, as correntes,
e caminhou no campo aberto
da liberdade preconceituosa
que incrimina, descrimina,
naquele descampado
onde começa a ignorância 
e a liberdade termina
quando um desgraçado
é crucificado.

Homem lutador
transporta a tocha flamejante,
trespassado com flechas de rancor
enquanto vai avante.

A dor aumenta
com a quantidade de passos em soma,
o homem tudo aguenta
quando a sua força desconhece o estado de coma.

É uma história lendária,
provou sermos nós livres,
a nossa prisão é imaginária
quando somos firmes.

sábado, 25 de maio de 2013

Homem sente.
Gato mostra sentimento.
Homem imagina.
Gato observa.
Homem sonha.
Gato dorme.
Homem tem esperança.
Gato espera.
Homem conhece poesia.
Gato conhece gastronomia.
Homem estica o braço.
Gato estica o pescoço.
Homem de duas patas no chão,
mais próximo do céu,
o Gato de quatro patas,
mais próximo da terra,
ambos harmoniosos.

Dias Triunfantes

Não sabia o que fazer
quando me deram vida,
qual seria o propósito de viver
ou viver era o propósito de partida.

Partir para uma situação melhor
sobrevivendo a improvisar
com as regras,
ou viver com o futuro decor
cheio de imprevistos para me desviar
e não acabar rodeado de negas.

Sem livro de instruções
nem sinal de aviso antes de nascer,
surgi no mundo com mais razões
das que eu sei escrever.

Não vos posso ditar
mas sempre vou registando,
só sei que começa em amar
e o resto vai germinando.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Isto é um castigo,
é um castigo amar a nossa Pátria,
porque somos destruídos por quem não a ama,
por quem a despreza.
Em todas as outras alturas,
surgiu alguém que a amava,
alguém que desafiava o rei,
o ditador, o imperador,
e todos os que seguiam
políticas em vez do povo.
O mesmo povo que povoa a Pátria,
o mesmo povo que constrói a História.
Pensamos no amanhã, mas não no dia seguinte,
falamos de hoje como falámos ontem sobre ontem.
Eles ditam o que nós somos.
A ciência seria para desenvolver
e evoluir a Humanidade.
Mas no sul da Humanidade
morre-se literalmente de fome e desespero,
no Oeste, impera a mão de obra barata
que tem feedback violento quando se exprime,
que é sugado em fábricas capitalistas,
e no Este da Humanidade, descalabra
o sentido da Evolução da Humanidade,
onde o sonho cientista do futuro melhor
se torna utilidade para uma minoria,
ou seja, o pesadelo da nossa evolução,
corrompido o ser com preços na liberdade.
Contudo, a tecnologia evolui,
para quem quer conquistar o mundo:
um rei com coroa de sangue,
um ditador cujo hino
é seu próprio nome,
um parlamento democrático
é uma bolsa financeira.
É esta a nossa Humanidade,
onde o humano é mercado.
Evolui a tecnologia
numa Humanidade sem Humanidade,
somos então uma máquina de auto-destruição.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Vai contigo
o abraço que te dei
marcado no meu peito
e um outro abraço insatisfeito
fica comigo porque não te travei.

 .


Acredito.
Seremos livres um dia.
Livres de nós próprios,
saberemos saborear a liberdade
infinita, superar preconceitos
e orgulhos - opostos da evolução,
ouviremos com atenção,
com reflexão. Acredito.
Ganhar consciência.
Sendo livres seremos felizes,
pois conquistámo-la, liberdade.
Não seremos educados,
mas instruídos, sem ditar maneiras
e descobrir modos.
Seremos livres.
Seremos evoluídos.
Tenho a certeza.

sábado, 18 de maio de 2013


Com que traços faciais
escrevi este poema?
O que vêem os meus olhos
vítimas de tudo o que já vi?
Como serão as minhas mãos
a escrever? Tremem ou são firmes?
Quantas vezes já me arrependi
e apaguei? Tortura ou alívio?
Será que perdura ou já esqueci?
Será que escrevi de rajada
ou várias vezes tentei?
Orgulho-me quando é uma mistura 
de palavras esquematizada?
Darei valor senão tiver sentimento,
só qualidade? Será que consigo ler
quando define a minha realidade?
Se for deprimente vejo tristeza
ou esperança? Ou é fatalidade?
Peço crítica ou opinião
ou alguém que partilhe da mesma oração?
Conheces-me?

sábado, 4 de maio de 2013

Carta Ao Leitor

Caro leitor,

esta carta é directamente para ti. Não sou escritor. Não vendo a minha Poesia, partilho-a livremente. São memórias e sentimentos muito fortes. A mim, não me interessa se escrevo demais, o que me interessa é a essência e a profundidade, a intensidade... Não me caducas em categorias, não sou ismos nem dores, não sou nenhum sufixo. Não me sufixes, porque só me sufocas em definições. Roubas-me a liberdade de ser, de poder chegar mais longe, não só para a frente ou para cima, mas sim expandir-me e aglomerar-me como o céu e o ar, que a todo ser humano atinge. Universalidade. Ser poeta não me é profissão nem hobbie, não é definição sequer. Ser poeta é ver e viver de outra maneira. Até mesmo entre poetas há diferenças sobre viver. E por isso esquece usá-la como pronome, adjectivo ou qualquer outra aplicação que possa ter que te tenham incutido. Podes ter lido todos os livros do mundo, podes possuir a cultura total da Humanidade, podes até ser rei do Oculto e da morte, o maior génio de todos os génios, mas meu caro, se não compreendes o que te escrevo então és limitado, para mim, és muito limitado. Porque não compreendes outras hipóteses de viver e por isso não compreendes totalmente o que é liberdade.

Fica a dica,
um abraço sério mas irónico
e um sorriso da dentuça amarelada
da minha alma.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O mundo muda a cada gesto teu,
amigo do meu ser, conhecendo tu
os segredos das minhas alegrias
transformas as lágrimas em rugas de sorriso.

Amigo, são teus gestos,
na sapiência do meu ser,
correspondidos pela sublimidade
do meu olhar e dos pensamentos neles escondidos.

Conheces-me como ninguém,
vulnerabilizando os meus estados de espírito.

Esta é a verdadeira amizade,
a confiança partilhada contigo
vai mais longe que o teu conhecimento
sobre a minha pessoa,
está no amor que me tens
querendo sempre o meu bem
através do teu gesto,
amigo, querido amigo.