A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

sábado, 8 de dezembro de 2007

A Rosa Humana da Vida

A vida é uma rosa
implantada no teu coração,
(de vez em quando rima,
de vez em quando não)
das pétolas a tua glória,
beleza (outrora de Helena de Tróia),
intelegência, os teus bons momentos
numa palavra te digo: virtudes.
Mas ainda não aprendeste
que o Mundo cinzento veste-se de cor-de-rosa
parecendo feliz, mas está cheia de segredos,
que fazem renascer os teus medos.

Ah, caule! Como estás tão crescida!
Os teus olhos continuam belos!
Mudaste de visual? Mudaste de vida?
Caule tua, de que te rodeia,
juntou-se e fez-te crescer,
ser quem és e que semeia.

Agradece aos teus amados,
que te põem água para viveres.
Agradece à Terra,
que te oferece oportunidades
para poderes crescer.
Os picos da tua rosa,
são feios dos teus maus momentos.
Dos teus inimigos, agradece-lhes,
porque sem eles, não poderias crescer
e seres a pessoa que és...
Tu,
Vida,
Rosa...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A (minha) Cidade

Oh campestres terrenos
das estradas escuras
que é cor que me rodeia,
ruas empregnadas do preto
da poluição, lá no ar, como aqui no chão.
Árvores cinzentas, despidas, torturadas,
das suas folhas rasgadas, perdidas,
são coitadas as apodrecidas.
Amor que não é eterno,
feio, mas moderno e materno
da alma que faz palma da tua mão...
Oh feliz a escuridão que à noite aparecia
morreu, em vão, com luz em demasia
desvendando a cortina escura brilhante
e tornando-a como parte da luz do dia...
Oh formigas com sentimento de rebeldia
essa é a infeliz escuridão
no beco sem saída.

Castelo de Ilusão

Construí este Castelo e chamei-lhe Ilusão,
da desilusão, talvez fosse da minha imaginação.

Deixei-o na mesinha de cabeceira
ao pé do cão de madeira
(que é um grande amigão)
e arrangei uma maneira
de o pôr mais bonitão.

Peguei num cartão
que estava à beira de ir para o papelão.
Cortei e arrangei de forma
a cobrir o meu Castelão.
Pintei-o de preto, côr da solidão
(mas que pensamento horrível que vai no meu coração).