A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

sábado, 28 de setembro de 2013

Foda-se

Ressuscita-me
estou ardendo por dentro
não consigo controlar-me
esta puta de loucura não me larga
aquieta-me a tua doçura
e um beijo esquizofrénico
acontece simplesmente porque sim
simplesmente porque
vão para a merda
todas as razões e motivos
todas as objecções e adjectivos
todas essas porras pensantes castrando a minha vida
tou farto dessa merda
quero me perder sem consequências
sem previsões do futuro
sem advertências
quero beijar-te
quero que se fodam as regras
que se fodam os preconceitos
e a cultura do pseudo-respeito
quero começar na tua boca
quero consumir-te
sem palavras
possuir-te
e chegar ao fim
sem fim
e sem princípio
atirar-me da merda do precipício
já que ninguém ousa atirar-se
que se foda a merda da queda
a minha vontade impulsiona-me rapidamente
e a satisfação far-me-à voar para lá do consciente
que se foda
eu estou mais fodido que esta merda toda
de regras
de jogos
de intenções sublimares e segredos
do submundo controlado
que se foda tudo
que se fodam todos sem mim!

Menos tu.
Tu fodes comigo.

Quero-te na minha cama.
Limpam o cu com as notas e eu acredito que precisam de muitas
Salva-me, estou perdido em sonhos
e fantasias, escapatórias à realidade
para não ser obrigado a lutar,
sem sofrer, amar.

Enquanto sonho, objectivos ficam por conquistar,
e não consigo não ser eu, eu cresci assim:
não existo, a maior parte de mim
foram sonhos que vivi.



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Enquanto o mundo desabava à minha volta, eu limitava-me a reflectir, a reflecti-lo. Ou antes essa reflexão tenha gerado mais danos que a realidade.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

..

De tanto sonhar, acabei eu por ser parte do meu próprio sonho, deixando de viver a realidade.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

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Sou um gajo de dicas baratas, não tenho culpa que a sociedade falhe no mais básico (e suposto óbvio) da concepção da sua mentalidade
Se disseres duas vezes que só digo merda então já disseste mais merda do que eu

sábado, 21 de setembro de 2013

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Tu e Eu

Giro-te o disco e toca o mesmo,
o teu timbre ecoando no meu interior
provocando em mim reflexões sobre nada
enquanto os ponteiros roubam-nos pela calada.
E resguardo este momento de amor,
cosido no tecido da almofada
provocando-me insónia
porque és um sonho que estou a viver
e não consigo adormecer nesta história.
E a fatalidade dos teus lábios
são o meu desprezo de eu ser nada
perante a Humanidade

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

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Espancas-me porque sabes perfeitamente que não consegues atingir a minha alma
Se eu quiser pôr um comboio a andar na estrada, sem carris,
ponho. Aliás, antes de te o dizer, já o fiz.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

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A quem o beijo não tem significado não o tivesse banalizado com gente sem valor
Rasgava o mundo em dois
para te acordar...
acorda por favor,
o que faria por ti
é impossível de fazer,
só em sonhos
tornados em pesadelos
que não me deixam
adormecer.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

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Quando numa parte da nossa infância e adolescência somos castigados sem razão crescemos a desconfiarmos de nós próprios e a crer em motivos errados e irreais sobre coisas que acabamos por não escolher viver por medo.

Reino

Estou a ser desmaterializado pelo teu toque
e sorrio ao encontro da paz e da felicidade.

Porque estou aqui, agora, e contigo,
e não devo a minha atenção a mais nada.

O meu organismo é um movimento
mas as moléculas dançam em êxtase.

Todo eu sou um mar de vibrações
arrepiadas transversais às tuas sensações.

Todo eu sou todo eu
dividido a metade
porque metade
é reacção à provocação
física, intocável,
tirando-me a seriedade
de ser quem sou,
- ou o que sou -
uma brincadeira desmedida
e despreocupada,
inevitável futilidade
de eu ser nada
perante a Humanidade,
porque estou contigo
e o meu sonho
é a minha realidade.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Mesmo Assim

Mesmo que os teus lábios tocassem nos meus,
que diferença faria?
Mesmo que fôssemos felizes,
porque o seria?
Se não é assim
nem nunca aconteceu,
se tivesses apaixonada por mim,
quem seria eu?
Senão outro,
senão tu outra,
para sermos compatíveis
em termos passíveis.
Quem sou eu?
Sou um gajo no canto da mesa do café,
o único sentado num canto,
transformando a mesa quadrada
num losango cujo o vértice
mais próximo de mim se afasta
dos outros até os deixar de ouvir.
E assim, no meu mundo,
recomeço a existir.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sou um pássaro de barbatanas,
sem asas, mas gosto de voar.

E amo, incondicionalmente, o céu,
sendo eu demasiado inocente,
sorrio na esperança alimentada pelo sonho,
em vez de chorar.

Porque dentro do mar sou veloz,
e com impulso, salto da água
para alcançar o céu,
tal como ele alcança a minha alma.

E sorrio, divertido, entre saltos,
e saltos de satisfação.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

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E há aqueles que não conseguiram/foram impedidos de controlarem as suas vidas e por isso acabaram por controlarem as suas mortes.

.

E antes de escrever a primeira letra da primeira palavra do primeiro verso de um poema já estou a mandar o mundo todo para o caralho, só me chateia quando o mundo todo não vai para lá e interrompe-me.

domingo, 1 de setembro de 2013

!

Faz-me um broche,
desfaz-me em emoções,
quebra a minha mortalidade,
estilhaça o meu super-ego:
faz sexo comigo.

Controla o meu descontrolo.

Faz-me sorrir o sorriso
em que os cantos da boca
estão no fundo da própria garganta,
gritando em silêncio
a maior alucinação de sempre,
a mais feliz ilusão do mundo.

Separa as minhas partículas,
estende os meus músculos
até ao horizonte,
em natural descanso.

Faz-me existir.

Amo-te descontroladamente.
Faz-me um broche,
e fazes-me sentir gigante,
no céu sem gravidade,
o meu corpo mexe-se
livremente..

Somos nuvens, moldados
pela moleza dos orgasmos,
e a natureza trespassa-nos...

Completamente colados,
eternamente juntos,
tu e eu,
a junção dos dois mundos.
Droga. É a tua boca perto da minha orelha,
a tua respiração ofegante infiltrando-se no meu ouvido, 
e como um cheiro que denuncia, identifico a tua sensação
de perdição total nesse som expirado de quem se deixa levar,
enquanto domino a minha predominância no amor carnal
e me perco loucamente ao ouvir-te respirar.