A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

domingo, 25 de agosto de 2013

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As minhas quedas são sempre a voar e nem o chão é meu limite.
Perfuro o planeta, chegando ao outro lado.
E de uma queda se torna salto.

sábado, 24 de agosto de 2013

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Miúda, com tanta beleza
achas que atinjo o cansaço?
Teu corpo é inspiração interminável
que me torna sexualmente incansável.
O Universo não tem limite,
mas eu quero lá chegar
para atingir a infinidade
dessa beleza
que nunca se há-de desgastar.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Penetro nas barreiras do amor,
e tenho licença para passar.

Porque também faço parte
desse amor que me quer.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

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Na vida há muitos noobs, ficam estancados muito tempo em "fóruns" para noobs - onde só se ensina o básico "deste jogo".

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Não tenho gosto em falar da vida dos outros. Isso é tema de nível um, básico. Para newbies, noobs, que não fazem ideia o que isto é e para que serve. A vida.

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Como poeta, sou um cabrão arrogantemente ignorante. Porque me ponho a escrever sobre coisas que nunca vivi.

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Se eu quiser escrever um texto cheio de "que's", escrevo. E no final até escrevo: que se foda.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

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Democracia para a ignorância de um povo é tudo o que o político quiser que seja.

Premissas

    Sabia, segundos antes de a porta se abrir, previ tudo... a porta abre-se. Ela procura-me com os olhos e logo me encontra. Não tinha palavras... eu não tinha palavras, ela estava... linda. Parados, ela cora ao ver o reflexo da sua beleza estampada nos meus olhos. Pela escuridão nocturna deles entrava o sentimento de quem vê o reflexo da lua no mar pela primeira vez. Paralisado, arrepiado, a minha alma expandia-se, como se o corpo estivesse dentro da alma e não o contrário. A constelação da beleza de todas as estrelas do céu já não era mistério da imaginação dos homens. Aproximo-me, fixando-a. Lentamente, toco-a na cara, e os desejos sem palavras ganham nome ao sussurrar o nome dela. Um dos cantos da minha boca sorri, porque sabe. Ela sorri também porque também sabe. E envolve os braços no meu pescoço... parecia dança incitando ritmo ao coração. No mesmo momento os meus braços estendem-se atravessando os lados dela completando uma linha sem fim e sem início nas suas costas - a mesma linha que nos liga espiritualmente. Puxo-a para mim pela cintura, quase tornando físico o desejo. O vestido dela deixava-me ver as costas dela ou não me permitia ver para além disso, contudo, já conhecia a geometria das minhas vontades. As nossas testas encontram-se, os nossos narizes também, sentimo-nos encontrados, um num outro - um alívio ao que o mundo não devia ter sido, à incerteza do que há-de ser e à contradição do que é com o que ignorantemente anseia ser. Os lábios tocam-se calmamente, partilhando em silêncio memórias nossas, como uma despedida que não quer existir. O início do ritual é o beijo. O beijo com significados prontos a acontecer, o beijo que é tudo antes de ser e nada é, quando acontece. O beijo, que é muito mais que beijo, ao sentirmos estarmos mais à frente da história. As nossas mãos, com vida própria, começam a diluir-se nos corpos e depressa correspondem às ordens de quem não é dono. A campainha toca. Toca outra vez. Acordo estatelado no sofá com um fio de baba seca desmantelada e um facalhão adormecido, encostado ao meu peito.
    A campainha volta a tocar.

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Quem suspeita torna-se suspeito

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Para haver liberdade de expressão tem de haver liberdade de pensar, ou seja, não se pode ser limitado na forma de pensar.
Amo a puta que me ama,
que todos os homens amam
uma vez na vida, pelo menos
na vez em que a levam para a cama.

sábado, 17 de agosto de 2013

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

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Tira-me deste blog, leitora,
que me prende, sem chão e sem tecto,
sem apoio... onde até o nada é incerto.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Divagações

O que são para ti as minhas lágrimas
quando preenchem covas em terras
por onde nunca caminhaste?

Elogias as árvores, as plantas,
as flores, admirando a raridade de tais,
de tão incomuns, invulgares, anormais...

Não me vês, estou para lá do horizonte,
da tua pequena mentalidade.

Estou vendo as estrelas a separarem-se do céu
afastando-se de nós.

Mas há almas que brilham.

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Desprezar é ser espectador de um filme chamado Karma

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Amor, Amar E Sombras Falsas

Vê bem como me ensinaste desprezar,
desprezando. Esse teu desprezo que prezei,
fazendo não fazendo, rezei,
enquanto os sonhos me sabiam sustentar.

Ou de amargura, ou de arrogância,
sou eu, desprezando o desprezo.
Sou eu, vil pessoa, de menosprezo,
menos preço, em minha raiva aqueço,
ou de coração travado, me arrefeço.

Sou eu,
sorriso sarcástico, enlouqueço,
e talvez, por não ter apreço
tenha um preço a pagar
mas eu paguei pré-pagamento,
fui castigado por amar.

domingo, 11 de agosto de 2013

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Ou a dor é honesta e louca ou é défice de atenção e mentirosa. Ou é as duas coisas. De uma forma ou de outra, no antes ou no depois, estará a ilusão.

Rua De Mim

É de noite, na rua...
dou de caras com...

sinto a rua a desfragmentar-se,
as pedras da calçada e do alcatrão,
os postes, as árvores, os carros...
tudo se vai soltando do chão,
pairando desfragmentam-se,
desconstroem-se, ao nadarem no ar
- uma preparação d'uma onda de choque,
fulminante e implacável, prestes a chegar
para separar as partículas de todas as coisas -
e eu, no centro, em velocidade real,
assistindo a isto, pensando em nada,
consciente do que vem depois
e nada poder fazer senão fluir
o que tem de ser e nunca chegou a partir...

Na harmonia da realidade desfazida,
o que se desfragmentou converge-se repentinamente
dando-se uma explosão de fogo gelado,
e a dor centrada e enfraquecida espalha-se
antes de eu fechar os olhos...

As lágrimas batem de raiva contra as grades
berrando a liberdade. Uma a uma, caiem,
inevitavelmente, inutilmente... afinal,
a realidade está descomposta por mentiras.

sábado, 10 de agosto de 2013

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

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Para quê escrever poesia agora? Se por esta altura inspiro poesia. Se neste momento inspiro a poesia com este sorriso que não sabe tudo mas sabe os motivos da sua existência.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

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Sou vingativo. Não me levem a mal, simplesmente às vezes prefiro ser mais rápido que o Karma.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Novo Mundo

Chegámos ao novo mundo com os velhos métodos. A nova Natureza. A ideologia era melhorar a qualidade de vida do ser humano, o que hoje ainda continua ser incutido nas escolas. Mas depressa ganhou outra intenção. Não poderia fugir ao que o mundo do ser humano é. De repente, passámos a ser quase detentores de dois dos três poderes de um deus. Mas desta vez, enquanto se brinca aos deuses e super-heróis na vida real, usando ilusões capitais, na Internet, o jogo é outro, todos são deuses. Do nada se cria um mundo virtual, e como a computação não tem a inteligência autónoma de um organismo a combater um parasita, não é movido por conceitos, mas por informação, está sempre sujeito a falhas. Por isto, neste novo mundo de deuses, aqueles que combatem os criminosos capitalistas - psicopatas de Q.I. superior que alcançam o maior dos poderes, sob o ser humano, do velho mundo: o dinheiro -, têm poder para contrair o velho esquema que serve a maior minoria da Humanidade, e serviu durante séculos. E por isto, chamo-lhe o Novo Mundo.

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A Poesia conquistou-me. Mais tarde, eu conquistei a Poesia. Chama-se crescer interiormente.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

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Desejava ter mil bocas
para beijar mil vezes
as mil partes do teu corpo
ao mesmo tempo.

Porque ao mesmo tempo
que te beijo com esta única boca,
incendeia-me a carne mil desejos
de te tocar, de te possuir,
e todas as outras mil formas
de te amar.

Ensaio Sobre Auto-Estima

A vida é isto:
brisa, um toque suave contínuo
e uma sensação de mil arrepios
- alma expela-se pelos poros
aglomerando-se com ar,
nevoeiro mocado a flutuar
para curar o reflexo da nossa vida
numa colher de pernas para o ar.

A vida é um pino,
de cabeça no chão,
pressionada pelo corpo
e pelo peso da sua anti-paixão.
Neste ponto de vista,
a interpretação é contrária
à realidade transformando
em mentira qualquer verdade.

Deixemos o pino,
somos mais felizes a pinar.