Nesta corrida da vida,
cada vez que chego a um horizonte
vejo outros mais e diferentes.
O meu está lá em cima
pois estou eu no meio de um vale,
deitado na lama,
olhando para esse horizonte onde vejo estrelas...
o sol... a lua... iluminando em mim o meu ser
e começo a subir antes do sol desaparecer.
Escureu, ainda não subi tudo
e a luz desapareceu.
Não posso viver o céu noturno
apesar da imensa vontade,
pois os meus braços já tremem
e se cair agora,
dias serão de movimentos em fragilidade,
por isso, e sem demora,
estico o braço, focando o olhar na pedra de cima,
mas não chego lá
e tento e tento e tento e tento
mas continuo cá e já estou sem alento,
por baixo não se vê o chão,
desfoco a racha da pedra
focando uma estrela,
escorrega uma mão,
vou caindo e mergulhando na escuridão.
A meio da queda agarro-me à parede,
pois para baixo conheço as fissuras,
voltando a subir, lutando sem desistir,
não sei o que me espera lá em cima
mas só espero que me deixe a sorrir...
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