A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

domingo, 20 de março de 2011

Ao fundo do túnel há uma luz, é a lua, caminho em sua direcção para mergulhar nas estrelas, sonhos que durante a noite fazem acordar-me e perguntar-me porque é que ainda não adormeci, serão a inconsciência conscienlizada interligada à realidade que não percebo o seu significado e digo que é a vida? Serão recordações que não quis deixar colado no álbum e agora são fantasmas pálidos, iluminados pelo sol da noite? Será o stress que me ataca as veias do nervosismo? Serão falhas do meu cérebro que não quer descansar? Ou não será e eu tenho sono mas não quero dormir? Será que estava a organizar a minha cabeça e fui acordado? Será que foi a luz artificial que entra na minha janela? Será que é a minha cama que está sozinha? Será que fugi à minha rotina nocturna e nem me apercebi? Será que dormir tornou-se um tédio? Será porque eu estou ébrio? Será que não será mas foi? Então o que foi? Foi porque perdi um milésimo das vinte e quatro horas que tinha por dia? Foi porque não escrevi? Foi o que não fiz e devia ter feito? Não fiz a minha cama? Não fiz o jantar que queria? Não fiz a viagem que queria? Não falei com quem queria? Não fiz o queria? E o que é que eu queria? Queria o que não tenho? Queria o que tenho mas mais? Queria o que o outro tem e deixa-me a roer as unhas? Queria para quê? Para ter? Para não dar valor? Para dizer que tenho? Para perder-me em moedas falsas e egoístas? Para ter um carrão sem saber conduzir? Para ter um casarão e viver sozinho? Para ir para o céu e mergulhar nas estrelas? Mas que dinheiro compra as estrelas do céu? O dinheiro da minha espectacular mente que me leva à lua não precisa de moedas e todas essas merdas! Um pequeno momento, um grande sentimento, ilusão...

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