A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Carta ao omem (sem "h")

Regredimos enquanto o tempo avança,
porque preferes encher a pança a saber da nossa História,
não queres aprender com os erros que nos reservou a memória.
Somos a desilusão do revolucionário que se entregou às balas,
em nome da nossa liberdade de expressão fundamentada,
coisa que tu não sabes usar mas que tanto falas.
Quantas pessoas morreram por ti? Em nome de nada.
Reclamas sem inteligência com tanta frequência
que violam a tua vida como consequência.
A tua opinião, ovelha, é pré-comprada,
comentas no café sobre a notícia do telejornal
feita por alguém a quem foi comprada a moral.
Falas de corrupção!?
Quando foste tu que corrompeste a evolução humana.
Com essa atitude matas o futuro das crianças,
inocentes. Tu sim, devias ir de cana.
Devias ser fuzilado, torturado, roubado,
vandalizado, violado, calado, condenado, gozado,
mal-tratado, descriminado, incriminado
para perceberes o que é ser preso,
indefeso, trabalhar sol a sol e estar sempre teso,
andar na rua sem nunca estar ileso.
Milhões de pessoas crucificadas por injustiças
mas até à última pulsação sonharam por um futuro melhor.
E apareces tu, cheio de preguiças,
tu te espreguiças no chão de quem deixou sangue e dor,
brincas nos cemitérios de quem lutou,
sepulturas pisas com frases comerciais que tu frisas.
Quantos viram-se mortos sem razão,
e tu julgas sem fundamento na opinião.
Os lutadores morreram em nome da Humanidade
enquanto os seus netos são rebanhos na sua mentalidade

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