A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Para Ti, Minha Mãe

Eu acredito, por acreditar escrevo
e tenho esperança que alguém pegue no meu papel da mesma maneira que o peguei: com alma.

Deixa-me acreditar, pois certezas não as consigo sustentar,
deixa-me sonhar para fugir às realidades de luzes fundidas,
deixa-me parar, não quero me desorientar,
abre uma porta e mostra-me o que está do outro lado dela,
necessito de algo novo, algo que eu possa estranhar e descobrir,
não me deixes desistir, se eu chorar dá-me uma paisagem para sorrir,
não me proíbas nem obrigues, deixa-me aprender a andar,
cair faz parte da aprendizagem, não quero passar a vida a gatinhar.
Deixa-me cair na solidão para me lembrar que tenho amigos,
dá-me uma oportunidade, se eu falhar, dá-me mais chaves,
porque se calhar esta chave não pertence nesta fechadura.
Dá-me esperança, sem ela não posso lutar.
Dá-me zanga, para me lembrar que há alguém que continuo a amar.
Se eu morrer, não deixes a minha alma sofrer,
que morra somente o meu corpo, se me vires morto com um sorriso
é porque a minha vida foi um álbum de fotos que quando eu abria sorria.
No final saberei que o que tu me deste foi quase nada,
que toda a minha vida, minhas conquistas e meus falhanços,
foram pedras que eu próprio pus na minha caminhada.

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