Ver alguém a chorar e dizer que há alguém bem pior,
que não vale a pena chorar ou sofrer,
para se conformar com o que pode estar melhor,
olhem só a Cinderela, a madrasta dela também dizia o mesmo,
até que apareceu uma fada mostrando que essa frase era nada,
que piada, as crianças que a viram, agora adultas/máquinas levam esta chapada,
por deixarem de lutar porque nunca se puseram a pensar
sobre o que está mau e pode-se melhorar,
pois só a morte não se pode mudar,
eu até duvido que não dê,
não há conhecimento que diga ser impossível,
no máximo dos máximos pode-se dizer que é plausível
e eu não aplaudo à tolerância ignorante,
porque teorias dessas não fazem a prática,
muito antes pelo contrário,
números são da matemática
mas foram vidas humanas que os escreveram.
E de estatística não nos puseram a todos,
ou era duvidosa ou se esqueceram.
E os fatos que se fazem da nossa voz
não nos entendem porque nunca viveram a vida de todos nós
mas no entanto escrevem a nossa Constituição
e acabamos por ficar para último,
sendo nós a solução remediada,
injustiça, silêncio e escravidão.
Maior parte dos povos que lessem este poema
diriam que eu acertei na descrição deste tema,
mas o facto é que não fazem a revira-volta,
é esta a hipocrisia que me revolta,
estão sempre à volta na mesma rotunda,
dizem que é por medo
mas eu prefiro erguer a minha razão
do que estar sempre a olhar para o chão e ser corcunda.
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