Durante anos ninguém quis saber,
houve quem avisasse que viria uma tempestade,
haveria um apagão se usassem demasiada electricidade.
Mas votaram nos símbolos da ignorância,
políticos que faziam promessas de circunstância.
O dinheiro nem era nosso mas gastámos
e ainda esfolámos o saldo negativo.
Na Assembleia, corromper era o objectivo,
tudo a desviar preços e dinheiro,
as leis sobre justiça nunca estariam primeiro.
Tudo se comprava,
media? Eu compro.
Justiça? Eu compro.
Liberdade? Eu compro.
Boatos? Eu compro.
Tudo estava em leilão,
para os políticos era o Monopólio da Ilusão.
Chegara a altura,
a tempestade destruía Portugal, e mal souberam,
eles roubaram tanta cheta quanto puderam,
esvaziaram os nossos bancos,
levaram as nossas empresas à falência,
culparam-se uns aos outros falando de consequência,
fugiram do País e levaram os Lusíadas para vender,
o orgulho ficara no passado agora que é só sobreviver.
Roubaram as cores da nossa bandeira
e fugiram mal viram que fizeram asneira.
A asneira foi terem sido descobertos nos seus furtos,
terem feito dos nossos monumentos salões de chuto.
O povo descobriu quando morreu a comer frutos venenosos
das sementes plantadas pelos gananciosos.
Não posso reclamar os meus direitos ou sou despedido
mas os deveres são sempre perseguidos.
É tarde demais,
os meus sonhos foram desgraçados
pois foram esses os votos dos meus pais.
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