Fico sentado na areia, de frente para o mar,
a olhar para o horizonte impossível de tocar
como a tua pele, o teu cabelo, o teu olhar.
Olho à minha volta e vejo a Natureza no seu esplendor,
tenho comigo toda a calma de espírito
como se não existisse nem fim nem tempo,
mas não sinto a dimensão do espaço
por que não te tenho ao meu lado,
como se eu não existisse...
E tudo se torna relativo, tudo se torna irrelevante,
porque o planeta gira como uma curva sem fim
que vai ditando o tempo infinito
de todos os que vão sem mim...
e não voltam, não voltam
porque não se importam...
sou uma cascata em permanente queda
cuja água não encontra lugar para pousar e repousar,
e vou caindo desfeito pelo universo
desligando as estrelas do céu...
e acordo.
E volto a viver.
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