O nosso tempo está gasto.
Raspámos o valor
das nossas vozes em palavras vazias
desvanecidas por actos sem significados.
Nunca um "amo-te" teve tanto eco,
vagueando sem destino,
cego, esbatendo em paredes cruéis,
desaparecendo sem ser absorvido.
Somos dois estranhos na mesma cama,
gritando como crianças à procura de atenção,
usando esses mesmos gritos para preencher
os silêncios ocultos nas esperas escondidas
entre olhares desiludidos.
"Amo-te",
promessa de uma vida inteira
vivida num curto espaço de tempo,
um orgasmo fascinante e desejado
até ser para deixar de ser
passando a ser uma mera coisa
sem nome que passou...
"Amo-te",
a mais bela princesa de sempre
tornada na maior prostituta gratuita decadente.
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