Passo os dias à espera da noite
para te ver, para te absorver, minha lua,
para que os meus olhos reflictam o teu luar.
Branca a tua luz que me ilumina a alma
completando a noite, e, quando não surges,
no dia seguinte o sol inquieta-me
e os meus sonhos se desabam
como castelos de cartas
por não alcançarem o teu céu.
Escuros são os dias
quando as noites também o são,
como se a noite não acabasse
até sentir a tua existência,
vagueando no oceano
à procura do teu rasto,
sem haver outra imagem
que me interesse.
Minha Lua,
por não te conseguir alcançar
beijo o teu reflexo na água,
mas depressa se desfaz ao tocar-lhe
e os meus desejos desfazem-se também.
Canso-me ao aportar,
porque o meu povo chama-me louco
mas loucos são os que não amam,
dizem que eu nunca trarei nada,
não sabem eles que nos longínquos mares
conquisto asas para voar e pousar
os meus olhos na fonte do teu brilho.
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