O meu papel é livre,
nunca carimbado,
nunca categorizado,
não escrevo para leitores,
muito menos servirá
como papel higiénico
para ser despejada
por palavras vazias
da pseudo-intelectualidade,
sou alma marcada
dos ignorantes sobreviventes
da realidade, ilusionistas
dos intelectuais.
Sou demasiado real,
e ao sê-lo sou sonhador
por necessidade,
cada vez mais aparte
da sociedade,
universalmente só
na escrita pessoal,
por isso,
pessoalmente
não crio arte.
Não preciso de público,
preciso de viver para escrever
mas sou necessitado da escrita para viver,
porque sou um turista neste planeta
nascido para plantar
sementes em terra invisível.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentário