Morro diante dos teus olhos,
dissolvendo-me em lágrimas,
afluindo-me nos esgotos
conspurcados da cidade,
espreitando secretamente nas sarjetas
à procura dos teus passos,
vagueando entre torneiras
na esperança de te tocar...
estagnado nas poças
para me evaporar
e me tornar em nuvem
para melhor te encontrar,
ou que seja eu chuva
e me precipite nas pessoas
na sorte de te apanhar...
estou transformado em água,
mergulhado no seu ciclo sem fim...
já não estou em mim,
já não estou em mim...
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