não são bocados ou restos,
nem entregas...
são, talvez, momentos de partilha...
mas há algo que em mim falta,
será culpa tua ou minha?
serão as circunstâncias da vida ou do tempo?
serei eu que falto-me, que me falto no espelho?
que me finto quando me devo ser honesto?
Não, não roubaste-me nada...
eu tinha algo para te dar...
está algures na desarrumação da minha alma...
mas está sempre a escapar-me,
a fugir-me como eu fujo de mim,
a esconder-se como eu me escondo de mim
quando a realidade se me quer apertar...
m... e... d...o....
medo?
Somos de quem?
Será que é por ser mortal?
Fugimos do sofrimento mesmo quando é-nos honesto?
quando é a única coisa honesta na nossa vida?
É medo? Medo do quê? De quem?
De nós próprios? Dos outros?
Se sofrermos assim tanto, que fazemos?
Morremos? Enlouquecemos? Suicidamo-nos?
Morremos? Enlouquecemos? Suicidamo-nos?
É esse o medo instintivo do ser humano?
Sofrer de tal maneira que se mata?
O medo instintivo de sofrer do ser humano é morrer?
É sempre esse o medo do ser vivo,
tentar afastar-nos da ordem natural das partículas...
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