Não te apresses que o comboio espera por ti
tal como esperei estes anos todos pelo teu abraço,
ainda agora chegaste, fica mais um bocado, senta-te aqui,
conta-me as histórias das tuas viagens na minha imaginação,
estou certo que foste pintada com várias cores,
que foste a todos os lados e recantos,
aposto que estiveste em galáxias dentro de mares,
em estrelas com paisagens de montanhas, árvores e rios,
acredito que te tenhas divertido imenso,
espero sinceramente que não tenhas visto o meu espelho
nem as partes mais profundas da minha evolução,
descobriste-te, dizes-me tu?
Pois bem, não sabias que eu te conhecia
como uma luz ao fundo da escuridão,
é verdade, não sei o que está do outro lado dessa luz,
mas um candeeiro não há-de ser, pois não?
Acredito que seja algo mais natural,
talvez algo que não seja de iluminar
mas os meus olhos brilham quando a vêem,
te vêem, e faz-me inventar palavras
sem papel nem nada com que escrever
gravando como tatuagens na minha alma.
Estamos em sintonia, não?
Mas não me apetece continuar,
deu-me na cabeça e agora vou desmanchar e atrofiar.
Porque as borboletas só vivem um dia,
tudo o que é bom dura pouco, não é verdade?
Pois, mas eu só preciso de meio segundo
para te inscrever na infinidade do meu mundo...
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