A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Nossos Olhos

Gostava de ser velho como tu
e narrar as minhas memórias
a pessoas como eu, bons ouvintes.

Quantos encantos têm os cantos dos teus cabelos brancos?

O branco dos teus pêlos
são fotografias de momentos marcadas com selos
enviadas para as vitrinas das galerias dos teus olhos,
pois há neles o encontro de uma vida acontecida,
talvez mais intensa do que quando foi feita,
espelho de quem és, cicatrizes e tijolos reflectores,
mágicos, são feitos da mesma matéria que outros olhos,
mas há algo neles que se distancia dos demais,
(justifica lá isso com os teus cálculos, ó Ciência!)
será que é o que neles se contém?
Será que é o que eles mostram?
O que são os nossos olhos, para vermos?
Para os outros nos verem por dentro?
Mas há algo não consumado...
Ainda que olhasse e não visse,
ainda que visse e não olhasse,
é ruptura malícia ou brilho apagado?
O que será?

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentário