A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Diários de Poeta

Sou um jovem em busca da Poesia
porque é a única certeza que tenho.
Procuro-a na alma dos objectos, nos olhares,
nas palavras, no tempo, nos acontecimentos...
mas acabo por encontrá-la dentro de mim,
como uma catarse.

A tinta do meu papel não se interessa
pela quantidade de leitores,
desde que eu a ame, não há nada a constar.

Mesmo que me perca, escreverei sobre a perdição.
Mesmo que falhe, escreverei sobre o falhanço.
Mesmo desinspirado, escreverei sobre a desinspiração.
E concedo-me o direito de ser assim.

Sou um deus, deus do meu mundo,
só eu sei quantas estrelas tem o meu Universo,
só eu é que vivi a minha vida
porque sou eu é que estou dentro do meu olhar.

Sou poeta, absorvo o que está à minha volta
como um papel absorve a tinta de uma esferográfica,
como quando damos vida a uma fotografia através de recordações.
Uma fotografia que nos fala e tem algo a dizer.
Nunca interroguei a qualidade do verso
porque antes de escrever sinto a sua essência,
- é a minha definição de perfeição,
é a minha maior honestidade.

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