A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

sábado, 4 de agosto de 2012

A Bandeira

Assim se fizeram mil bandeiras,
nas mãos suaves de uma mãe,
nas mãos trabalhadoras de um pai,
nas mãos carinhosas de uma criança,
nas mãos descobridoras de um adolescente,
o mundo inteiro parou e resistiu
para que o estandarte fosse a última coisa a afundar-se
no mar de sangue, tão espesso que a areia não conseguiu absorver,
encrostando-se na terra como lava seca,
enterrando os corpos dos guerreiros...
Bandeira insolúvel, infalível,
na tua alta altura está a firmeza e nobreza
sob os gritos orgulhosos do Povo à Pátria,
a ti se dirigem os olhos dos caídos,
dos chorados e dos sobrevividos,
dos honestos e dos perdidos...
o humilde Povo te agarra, como uma estátua, com firmeza,
ao lado do rei, enquanto as estrelas são devoradas pela nobreza,
somos nós que enchemos tecidos à Bandeira
e a renovamos com as cales das nossas mãos,
veremos a cor da paz na Bandeira?
Nunca a vimos, nunca a sentimos,
como poderemos pintá-la com tal, meus irmãos?

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