A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Rastejantes

São fantasmas as palavras
que um dia nos vieram prometer,
acções reinantes e subjugações
sem nunca se entreter
e trabalhar com boas intenções.

São calúnias as que se ergam
mártires de ninguém,
abafados pela sombra
calados pela opressão,
criminosos sem crime
se a nós houver coração,
se a nós existir Humanidade,
se a nós o brilho vier de dentro,
se a nós não nos abalar o medo,
se a nós não nos couber o martírio,
nós, que alguém somos,
haveremos de ser ninguém
porque não há acções,
a indiferença provoca infertilidades
sobre o que é ou poderá ser
e uma são todas as verdades
fracas, abaláveis, falíveis
onde há almofadas para adormecer
impalpáveis, irrealizáveis
que a inteligência há-de sempre prever
inconcebíveis, instáveis e substituíveis, renováveis
e servidoras de uma só nação
de um qualquer que se mete na frente
sem saber existir no planeta,
na História, não nasceu deus
mas deus se quer fazer
sem nunca estar contente
vai concebendo o nosso mundo
a seu belo prazer...

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