Casando com palavras amáveis,
desconhecendo realmente tudo,
sou eu, sou assim, no espírito
um hora que talvez mude.
Nascemos iguais mas diferentes,
morremos diferente mas iguais,
o que não é igual é a visão
que me ofereceste do mundo.
Nunca te agradeci por isso,
talvez morra sem saber que no fundo
agradeço-te por teres lutado
para que nenhuma lágrima fosse infiel à vida.
Quero-te dizer que ainda não encontrei,
porque esses óculos que tu me deste
vesti-os por cima da capa da máscara
e quando a tirei, tirei as lentes também.
Foi sem querer, ou sem crer no que vi,
nada nas horas faz parecer mais digno
do que os minutos,
e dos minutos os segundos,
ainda há os milésimos,
que ninguém vê,
que influenciam os segundos
que influenciam os minutos
que influenciam as horas
que influenciam os dias
que influenciam os meses
que influenciam os anos
que influenciam as rugas
da idade dos séculos.
Acreditar não é amar,
não é obsessão certeza,
identificações não são designações,
mas já que se matou a língua portuguesa,
nada diz tudo de um nada mudo.
Serão silêncios ou ausência de palavras?
Parcialidades convenientes.
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