mas só ganhaste o contrário da glória,
é sempre a mesma história,
a tua saliva cospe a tirania
do ódio só, nesse olhar invejoso
sem conseguir ver o sol durante o dia,
seu pau quadrado sem gozo,
vives numa nau fora d'água
porque toda essa mágoa e agonia
só traz areia do deserto
com que a vida se ri com toda a sua ironia
enquanto abraça toda a prostituição beijada pelo desafecto,
tragam dinheiro que até esse material criou o seu dialecto
e engana mais que o Demónio ainda mais o mundo virtual
que suga mais a quem não sabe viver o que é real
foge fugindo ser social,
a todos nós,
que nos caia o mal e desgraça,
na indiferença dos nossos deuses
que adoramos no crucifixo da praça,
cheios de pregos na nossa casa
pelo lugar mais odiado que arrasa
para cairmos mortos sem saber,
faltamos ao trabalho,
mas há sempre uma nova vaza
por isso não vemos oportunidades,
enquanto revoluções acontecem no meio de tempestades
e não parou de trovejar, de chover, de destruir,
quantos mais vivos mais os não vistos hão-de sorrir,
dêem-lhes um altar se eles existissem
mas mesmo que a luz deles nos aponte
e os seus olhos estejam acima das nossas cabeças,
nós somos tantos que até fazemos sombra
onde na escuridão vê-se a lua cheia
que transforma homens em lobisomens,
anti-heróis e desordens
para ninguém
que haja jamais ter praticado a pureza do bem.
Ainda bem que Jesus se foi embora
e levou com ele todos os heróis e cowboys,
homens de cara esquecida e desfocada,
porque viu sem demora
que esta gente que cá anda não vale nada.
Deixai os homens baterem-se por poder
que a todos eles morrerão quando chegar a hora.
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