endoidecem as cordas vocais após
umas milhares de paças
enquanto passas devagarinho
a andar só em zonas de fumadores
até te encontrares sozinho
entre fumos provocadores.
Até que chegas ao ponto
em que há um eterno encontro
entre o amor e o vício
e já estarás a meio do precipício,
assim o cigarro torna-se objecto
sem afecto mas predilecto,
muito pessoal e privado
para mostrar à malta
que te tem escutado
nessa sanidade mental
em falta.
O cigarro foi feito para se fumar,
produz escarro mas não interessa
também consegue matar
o tempo quando se tem pressa.
Acalma os nervos
pelo menos assim acreditam os seus servos,
também faz bem à saúde
porque se ama o cigarro
que nos engana a atitude
e torna rude a paciência
que atraca a ressaca
com a tendência
de um ambiente de cortar à faca.
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