eu
sou o senhor doutor
de sonhos,
eu
sopro
e faço vento,
eu
sou razão sentimental
eu
amo
eu
afecto
o céu
com
a
minha
alegria,
eu
sou
fantasma
da
felicidade,
eu
tenho
colheres
e
como
todos
os
dias
pão,
eu
conto
sem
mão
e
hoje
não
preciso
de
ninguém
só
a ti
exactamente
aqui
e
aqui
e
aqui
eu
sou
o avacalho
de
nuvens
no
céu
no
mar
e
na
terra
eu
sou
o
nevoeiro
de
árvores
e
tenho
mil
e
uma
partículas
desordenadas
a
culpa
é
tua
e
do
meu
pé
que
treme
e teme
o chão
que
tu
pisas
eu
descomprimo
o
sentimento
e
também
sou
água
do
fogo
que
desvanece
na
noite
de
lua
cheia,
eu
sou
corpo
pra
preencher
toda
a
tua
poesia,
eu
sou
o
poeta
que
te
escreve
na tua pele
na
nossa
aglomeração
sem
saber
já
estou
a
escrever
na minha pele,
porque
tu
e
eu
somos
um só coração
e
todas
essas merdices clichés
não
tenho
palavras
prefiro
te
beijar
para
ver
se
é
real
ainda
hoje
acordei
e
pensei
qual
de
nós
é
meu,
porque
já
me
confundo
com
tudo
é
amor
é
qualquer
coisa
inexplicável
sobre
o
vapor
do
bafo
da
tua
boca
que
é
horrivelmente
belo,
cheira
muito
mal
mas
eu
gosto
só
porque
é
teu.
Topas?
Eu
sou
a
frenética
poética
da
paixão
quando
te
toco
só
existe
uma
razão
no
mundo
que
o
torna
humano,
tu
e
eu,
nós.
Estou
com
calor,
acho
que
beijei
o
sol
é
que
fiquei
cego.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentário