A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.
A minha inocência foi esta:
Francisco Sarmento
Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/
terça-feira, 9 de julho de 2013
As Minhas Flores Do Deserto
Eu segui em frente, porque o mundo segue em frente, o tempo segue em frente. Porque não devemos olhar e assinalar as coisas más da nossa vida como cicatrizes, mas sim cales desimpedidas da frieza. Nunca há falta de amor, teremos sempre alguém que nos abrace, até um desconhecido, se lhe pedirmos. Não existe a certeza de que a vida é um inferno, pois quem afirmasse isso, com máxima certeza, ter-se-ia suicidado. E a morte é uma escolha sem consequências. É o fim da história, da música, do poema. O autor morre. Acabou. Nada mais se acrescenta. Mas vivendo, teremos sempre a hipótese de mudar, não sabemos o futuro, talvez até possamos ver que o "normal" é errado quando a nós o normal não nos assiste. Eu caminhei por um deserto de solidão, onde a sede do amor me provocava fantasias para poder sobreviver, porque sem sonhos finitos, sem histórias criadas na solidão, não haveria esperança, mas apenas o fim, a morte. No deserto que caminhei, sozinho, as pessoas que confiava eram miragens intocáveis, e areia me engolia, esse chão, que muitas vezes significa realidade, me devorava, me sufocava. Ainda assim, tomando a minha vida nestes insignificantes metáforas, plantei flores no deserto. O que não é normal, mas eu consegui, eu fiz, porque eu também não sou normal.
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