Sou engolido pelo desejo infinito de te ter...
paralelamente, um receio eterno não te quer saber.
Eterno, porque não ajo e não saberei,
sendo-me a gravidade roubada,
levito até aos céus mas...
longe da terra, longe das estrelas,
volta a mim a realidade de eu ser nada,
o vazio do Espaço arranca-se
do meus pulmões descolando-me a alma.
Lá vou eu em queda,
caindo na minha poesia,
sendo eu mero poeta..
só, e só.
Sonhando, sou mais do que isso...
Mas a minha força está somente nas palavras,
não nas acções e nos actos, não nos movimentos...
seco as minhas lágrimas no papel,
sujando-o, manchando a tinta ainda fresca,
e volto a ser o Francisco que todos conhecem.
Quem me dera não saber escrever estes poemas...
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