Tenho medo de não te ser especial. De não ser único para ti. De ser uma pequenina pedrinha despercebida na areia que te amou, que, sem boca para falar nem membros para me mexer, viu a tua beleza gigante passar-lhe ao lado sorrindo a outros caminhos. Como na vida e na morte, espero que uma estrela caia do céu para brilhar o meu coração. Espero, especado, admirado e assustado com a beleza poética da Natureza e de possíveis bons momentos. Tenho medo de te amar... por isso fujo, correndo em corpo imóvel. Tenho medo de não me amares como te amo, de não me desejares como te desejo, pois nesta vontade desumanamente insatisfeita de te querer mais do que a palavra amor pode sustentar, somente tu tens esse poder de me fazer sentir satisfeito, desejando-me com a mesma intensidade. Sou mero humano, condicionado pela minha ignorância de ser humano, tu és... tão indefinível como o que sinto por ti.
Mas estou tranquilo, porque eu também sei voar.
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