A vida é uma merda.
Eu sou a merda dessa vida.
Eu,
que me queixo
e choro pelo que não faço,
e me enraiveço pelo que faço.
A vida é injusta.
E eu o injustiçado,
que não ajusta
a vontade com a acção,
sendo eu hipócrita
na solidão.
A vida é cão.
E eu sou esse cão,
que persegue rastos
sonhados dos restos
da realidade.
A vida é mesmo assim.
E eu sou assado,
por isso, entre mim
e todos os outros seres vivos,
está o vício e o hábito da ilusão
dos sonhos por realizar.
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