A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

terça-feira, 19 de junho de 2012

[O Título És Tu Que Escreves]


O que vos é normal é indiscutível
mas quando há uma realidade contraditória
aos vossos olhos é sempre impossível,
é sempre a mesma história...
espero na esperança de ver o fim
enquanto escrevo estes pares de versos,
tomara que fosse tão simples assim
mas sentimentos submersos
são vozes berradas nas bordas
de um corpo às voltas a si próprio
sem saber onde cair morto
questionando se o planeta
é mesmo assim ou é do ópio...
mas deixemos essa treta
e vamos ao que interessa,
mais uma vez estamos a ter esta conversa.

Esse olhar a mim não me engana,
podes vir com aldrabices,
só estás é a dar cana,
mas eu não estou para chatices,
faz o que quiseres,
já cansei, fiz de tudo e agora não sei,
deves gostar de me ver sofrer,
não tens noção,
não consegues perceber
as facadas no que dás no meu coração?
Não sabes o quanto estou a enlouquecer,
de mãos na cabeça sem saber mais o que fazer.
Tornas-te uma ferida na minha alma,
tem cuidado, está a ficar em crosta
e ficarei apático em relação a ti,
mesmo que infecte eu tive a dignidade de ficar aqui,
exactamente aqui, bem ao teu lado,
mas eu continuo a lutar pelo nosso Fado
em nome dos nossos laços
mesmo que novos dias sejam fracassos,
morreremos unidos,
por mais que me possas magoar
continuarei sempre a amar-te.

Eu sei e nós sabemos que a culpa não foi tua,
nós lutámos, esforça-mo-nos mesmo que cada dia seja escasso,
mesmo que um dia a nossa casa seja a rua
temos o nosso amor que me acalma em cada teu abraço.

Acima de tudo eu te agradeço
porque o teu amor não tem preço,
ensinaste-me a perder,
a conquista a mim não me diz nada,
maior luta é a de sobreviver
e cada dia é-me uma nova chapada.


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