não sei se foi de dar voltas na cama
ou se do planeta que não pára de rodar,
e no meio da noite e das loucuras
há uma voz que me chama,
um substantivo que não consigo pronunciar
mas é imensamente apelativo,
não sei se real, se da minha mente,
mas de repente achei-me dependente
de um sentimento que não me larga
e não me deixa seguir em frente.
Essa voz nasce na noite clara
deixando-me despreocupado de tudo,
barulho torna-se silêncio, fiquei surdo,
focado só na voz que não mostrou a cara.
O tempo continua e não encontro nada,
procuro nas ruas do meu pensamento,
nada se quer se não em sonhos
que dão satisfação no momento,
no momento da frustração
onde não existe o tempo.
O sol renasce todos os dias
mas eu vejo-o sempre igual,
eu acordo sempre diferente
e é por isso cresço e morro.
Eu vi a voz porque eu preciso.
O sol não, o sol apenas existe...
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