A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Suicídio

Suicídio,
quando a vida é impossível,
a felicidade de outrem é imperceptível,
farto de sofrer, sem medo de morrer,
há mais amor na morte do que na sorte,
é ser forte ao ir contra a Natureza.

Suicídio,
quando o futuro é uma incerteza,
o fim do tempo torna-se uma presa,
um desejo palpável numa faca
mais realista para destruir
todas as outras lâminas
que sangram lágrimas de dor,
para abafar a pior morte:
o sufoco, as lágrimas contidas,
os gritos desprezados,
os abraços fantasmas.

Suicídio?
Não há alimento para a alma,
não razão para a pulsação,
aborto incompleto,
só o corpo rasteja
numa alma estancada.

Suicídio,
não há vida nem futuro
quando o passado é mais sombrio
que a própria morte.

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