Sentei-me à tua espera,
talvez esperando o impossível,
sentado na berma do passeio
do outro lado da estrada,
olhando a janela do teu quarto,
quase através dela pelos meus sonhos.
Dias adormecido,
pessoas passavam por mim
achando-me vagabundo
e vagabundo era
vagueando pelo teu mundo.
Pela primeira vez o céu não me interessou
porque ao teu lado sentir-me-ia maior,
juro-te, a minha liberdade seria infinita
num tempo eterno.
Sais de casa sem me ver,
parece desprezares-me,
fui desaparecendo aos poucos
sem saber o que fazer.
Perguntei-me qual era a ilusão,
se era eu ter o teu coração
ou o teu não.
E não pude moldar
por desconhecer a realidade,
disseste sim e não,
qual deles é verdade?
Porque o que faz a ilusão
é a minha vontade.
Quando te vejo
sinto aquele desejo
mas a minha frustração
prefere afastar-se
do que haver hipótese de desilusão.
Amo-te.
Não te amo.
Amo-te.
Não te amo.
Quero,
não venero.
Tic-tac-tic-tac.
O tempo passa...
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