A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Romance Inconclusivo

Sentei-me à tua espera,
talvez esperando o impossível,
sentado na berma do passeio
do outro lado da estrada,
olhando a janela do teu quarto,
quase através dela pelos meus sonhos.

Dias adormecido,
pessoas passavam por mim
achando-me vagabundo
e vagabundo era
vagueando pelo teu mundo.

Pela primeira vez o céu não me interessou
porque ao teu lado sentir-me-ia maior,
juro-te, a minha liberdade seria infinita
num tempo eterno.

Sais de casa sem me ver,
parece desprezares-me,
fui desaparecendo aos poucos
sem saber o que fazer.

Perguntei-me qual era a ilusão,
se era eu ter o teu coração
ou o teu não.

E não pude moldar
por desconhecer a realidade,
disseste sim e não,
qual deles é verdade?

Porque o que faz a ilusão
é a minha vontade.

Quando te vejo
sinto aquele desejo
mas a minha frustração
prefere afastar-se
do que haver hipótese de desilusão.

Amo-te.
Não te amo.
Amo-te.
Não te amo.
Quero,
não venero.
Tic-tac-tic-tac.
O tempo passa...

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