Há algo em nosso nome
por oficializar,
será que sabemos?
Estará entre
segundos instintivos,
minutos contados
e horas desesperadas.
Embora quisesse pegar-lhe,
é invisível como o vento,
impossível de agarrar como um lago,
onde mergulho para tocar
acabando por ser eu o tocado,
envolvido pela imaginação do ser.
Faço bolhas de ar com os meus sonhos
até não haver mais ar em mim,
mas não me habituo...
deixo-me afundar até às profundezas
porque a matéria do meu corpo
não foi feita para este ambiente,
desfazendo-se aos poucos,
caindo morto,
dissipado pela tua essência,
dissolvido no teu desprezo.
Há um silêncio criminal envolvido,
o som das balas não faz sentido,
palavras não se percebem,
a água está turva,
a visão tornou-se desfocada.
Alguém mergulhou no lago
na tentativa de encontrar sabores
mas a água é insípida e pesada,
sem haver superfície
mais uma alma que se afunda,
uma voz torna-se nítida,
é a morte a chamar
a aprofundar a vida.
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