Sou expressão espiritual,
sofro mutações a cada sol matinal.
O meu corpo existe para ser tocado,
é uma prisão cujas janelas são os meus sentidos,
uma próxima definição da liberdade de viver.
Sinto-me turista no mundo,
a cada dia que me lembro do que não vi,
da miséria, da dor e da malvadez do planeta,
vou me sentindo mais longe da realidade,
mergulhado nas teclas de um piano,
entre os agudos inocentes aos graves raivosos
- é a minha máquina de escrever.
O meu coração é ritmo de percussão,
definindo a quantidade de passos
no espaço dos sentimentos.
A minha fragilidade é um violino
quando me sinto sozinho,
é violencelo na escuridão
da minha sombra.
Sou uma flauta reproduzida
do outro lado das montanhas
como um eco a gritar:
"Humanidade à vista! Humanidade à vista!".
Sou a proximidade íntima
de uma viola em coro.
Sou infinito...
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