Escrevo para mim,
sou feito de sonhos pequenos,
de sorrisos entre lágrimas.
Vejo mas vejo mal
e tento ver para além de.
Cresci nos meus silêncios
pois não pude senão ouvir
os gritos e as lágrimas
das gentes minhas amadas.
Deixei de falar
porque fiquei espantado
com as mentiras ensinadas,
com as palavras falsas...
e odiei tanto, tanto,
que preferi apagar as luzes
e esconder a minha loucura.
Sou poeta só,
a minha agricultura de reflexões
é alimentada por lágrimas transparentes,
por sorrisos honestos,
pela partida dos raios solares,
pelo protagonismo da lua
e pela saudade escondida
de algo que não tive.
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