Esparançosos e sonhadores
são estes meus negros olhos,
tão negros e escuros
que afectam as minhas pálpebras
tornando-as olheiras.
Esta é a minha contradição de vida.
E enquanto expelo os meus segredos humanos
vou-me tornando universal,
e tu, leitor, vais amando o que escrevo,
brilhar na minha essência.
Leitor eu, que mais me reconheço
nas minhas palavras e sei
melhor que ninguém do que é feita
a minha poesia.
Este é o meu legado,
como na minha supultura,
só poucos saberão o significado
das palavras inscritas nos poemas
da minha autoria.
Crio-os com o tecido da minha alma,
trespassando a honestidade máxima,
é aqui que me conheces
e podes afirmar que já me conhecias,
mas devo precisar de morrer
para se ouvir as minhas preces.
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