A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Pratos Limpos

Vi no teu olhar
promessas universais de amor infinito,
assisti aos teus gestos
prometedores na minha face
e as tuas reacções face
às minhas provocações.

Fui tua sombra nos meus sonhos,
na verdade fui tua esponja,
absorvi os teus males, os defeitos
sem nunca contra-argumentar
para não te afugentar.

Fiz um dos meus maiores feitos
por causa de ti
mas quando te quis mostrar
não quiseste estar aqui.

Preferiste estar aí,
bem longe de mim,
afinal não te atraí.

Tu e eu somos diferentes,
duas dimensões paralelas
cuja a única igualdade
é o tempo imparável.

Nunca houve amor,
nunca te amei de verdade
porque nunca me amaste,
apenas foi a minha dor
da solidão que conquistaste.

Estive desidratado,
abandonado nesse deserto
onde tudo é incerto,
mas as lágrimas hidratam.

Real é ilusão
quando o coração
pulsa o vazio
sem saber
se é sangue
o sangue
que nos prova
sermos reais.

Mas te garanto,
não estiveste a mais.

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