A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sonhos

Deve-mo-nos perguntar a razão, talvez um motivo para tanta malvadez? É melhor não sabermos, podemos enlouquecer... já não somos loucos? Sustentados por sonhos e esperanças, por sorrisos falsos e aparências... somos loucos por omitirmos o que realmente queremos? Somos loucos quando um animal nasce satisfeito e nós vivemos uma vida inteira nas bases de uma construção de um passado baseado no carácter de outras personagens, querendo remediar o irremediável, tentando absurdamente com que o mundo e as nossas vidas aconteçam à nossa vontade e desejo, para procurarmos o encaixe que retire o prefixo da imperfeição, somos sonhadores, os sonhadores que sonham por cima da realidade, os sonhadores que sem quererem deixam passar o tempo. Loucos somos nós, os que se vagueiam por entre esperanças e vontades deixando a realidade estupefacta. E que culpa temos nós se sonhamos inocentemente? Nós, os loucos sonhadores inconscientes inocentes momentaneamente contentes. Não pode haver em nós culpa por imaginarmos um barco voador se estão sempre a dizer que isso é impossível. Não podem acusar-nos de sonhar, ao menos nos nossos sonhos somos nós quem mandamos, somos nós que criamos, somos nós quem ama, somos nós os realizados, sim, os sonhadores sentem-se mais realizados que os realistas, porque sonhamos sonhos e deles vivemos bêbados. E dos sonhos não restam memórias nem tentativas, não existem concretizações, existe mais vida nos sonhos que na realidade! Nos sonhos, não há morte, não profanação, há simplesmente a beleza idealizada por nós e ninguém nos impede. Sonhar é conquistar, é saborear a conquista, é a máxima do desejo, sonhar é perfeição. Mas que raio, tudo isto é um pesadelo, um pesadelo com sonhos, como o céu nocturno, escuro mas com estrelas, sim, o pesadelo escuro do céu faz-nos ver o sonho das estrelas...

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