fora o tempo
em que fora Coelho
porque agora é boi,
mais uma medida
mais um momento
para uma quebra de vida
quando estudo e tento
e não tenho saída.
E assim é,
vamos andando
com Passos
vamos chegando,
com muita esperança
e fé.
É melhor sentarmo-nos
do que ficarmos em pé.
Não é que doa,
não vai doer,
eu não tenho carteira
por isso não sei saber
de notícias de primeira.
Quando chegar
o momento chegará,
porque eu estarei longe
e os portugueses ainda lá
a desenroscar
os intestinos
com outros
coelhos cretinos.
Por isso não há problema
a gente bebe mais um café
enquanto falamos deste tema.
Ah! Olha! Afinal não,
afinal tenho de ir trabalhar
porque essa é a solução
é este o lema da nossa
liberdade de expressão
porque a próxima geração
trabalhará para a escravização,
pois então,
ainda faltam anos
para o sol rebentar
por isso podemos continuar
aqui a conversar
sobre as fraldas
do outro que foi morto
por ser baldas.
Quem? Um político?
Claro que não!
Foi o Zé Povão!
Ah! Já não é nada de novo
já não é primeira vez
que se vai ao rabinho do povo!
Olha as asneiras,
as da gente são primeiras
mas os da assembleia são as derradeiras.
É preciso dinheiro em casa,
vem trabalhar comigo irmão.
E então o Zé Manel?
A gente dá-lhe o baza
a empresa está com falta de papel.
Ah ok tudo bem!
Espera só um bocadinho
vou pôr minha mãe
num lar,
que coitadinha
anda muito sozinha,
eu não tenho tempo,
venho cansado de trabalhar
e esta é a hora do descanso
de comer e dormir
porque amanhã
tenho de acordar manso
já nem tenho tempo
para curtir
com era antigamente,
no séc. XXI.
Não posso perder
mais nenhum minuto
ou o meu País
já não dará fruto.
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