A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

domingo, 22 de janeiro de 2012

Re-pulça-ções Nas Máquinas

Veremos um fim?
Um final feliz como quando me contavas, mamã,
quando eu era criança, para me adormeceres,
para dormir descansado sobre um novo amanhã,
com o conforto de um peluche ao meu lado?
Porque hoje durmo entre insónias
tremendo sobre arrepios do amanhã deste mundo,
agarrado a um fino lençol que não me aquece,
entregue ao stress do relógio e das paranóias
desta sociedade esquizofrénica que não envelhece.
Estar de olhos abertos é um pesadelo
mas pesadelo maior será adormecer
porque sonho nem vê-lo
e tempo só o tenho para trabalhar e morrer.
Sou eu culpado desta merda toda?
Só quero é fechar os olhos
e deixar-me levar, deixar-me ir
que o tempo de ontem não me fez sorrir.
Fugir não posso,
afinal sou mortal
e quer queira, quer não,
o tempo sente-se imortal
e voltam as sete da manhã
à espera que cheguem as sete da tarde...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentário