No teu olhar vi caminhar
uma solidão em silêncio,
ouvi a tua vontade de falar
entre espaços de palavras.
Há uma verdade que nunca contaste,
entre as tuas tantas palavras referidas
o fingimento é sempre constante.
Entre tons falsos que dás as palavras,
só o silêncio entre elas é que demonstram
quantas foram as vezes que choraste.
Senti a tua sombra,
com uma posição diferente
embora és tu que estás aqui
a tua sombra é que está mais presente.
Ela fala através de gestos subtis
contando-me os teus segredos
e é deles que tu te ris
como se fossem outros os teus medos.
Os teus olhos escapam-te na mentira
com que respondes está tudo bem
de um segredo escondido
que não confias a ninguém.
Não te conheço, mas o teu olhar revela
quantos socorros a tua alma apela...
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