A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

domingo, 22 de janeiro de 2012

Tu não choras, não,
tu não choras lágrimas,
tu és seco e insensível,
não, o que tu choras
são gotas de sangue,
tu não choras,
estás manchado do que não é teu,
mas mesmo assim choras
e articulas o passado
em busca de uma peça
em falta onde vives confuso
e matas e destróis e dissecas
e desmembras sem lágrimas,
forte? Não, ninguém é forte
quando a guerra é só,
Ninguém é forte quando se é mortal,
ninguém é forte quando se é esquecido,
não há fracos, há consequências
que são causas de consequências.
Não somos nós almas?
Esfaqueia-me, assusta-me,
mas não és imortal,
eu rio-me de ti
enquanto me matas
porque também morrerás,
vai gozando vai gozando
que eu morro contigo ao pé
e tu morrerás sozinho...

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