Sinto-me sozinho,
de pés gastos à procura dum caminho,
de joelhos no chão,
num cansaço enorme a tentar encontrar uma saída,
mas ceguei na solidão
para falhar continuamente na vida
mas sou obrigado a continuar
sem onde ir e nem consigo voltar.
Mas que fiz eu?
Isto é um pesadelo
e eu vou acordar no dia em que a dor morreu.
A felicidade acontece
sem que se ouça a minha prece
num mundo que diz não desprezar
a vida de um vagabundo,
mas eu ando a vaguear,
a suspirar, a suportar,
sem amor nenhum.
De mãos à cabeça
a ver se não sou mais um
que pensa porque sente
sobre uns órgãos que funcionam
de alma ausente.
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