A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

domingo, 15 de abril de 2012

Estado d'Alma

O que têm eles para dizer?
Sempre em busca de palavras
mas ecoam vazias no corpo
numa nova definição de morto
que é um corpo sem alma, vazio...

E faz tanto, mas tanto frio cá dentro...

E eu não sei quem sou
porque a minha alma nada é
senão um nada sem fé...

E que sorriso posso garantir
se as facas que me andam a ferir
são ilusões invisíveis sem realidade
por onde pegar...

Será que sou eu que me estou a castigar?
Ou sou o castigo daquele que anda
a fazer sofrer e obriga gentes a chorar?

Sorrio ironicamente, já não vejo nada de real,
tudo o que vejo são desilusões
em dimensões irreais onde vive o mal...

E perco-me em lembrar a última vez que sorri,
mas sei que foi algures por aqui
a olhar para ti... ainda me vou lembrando da razão
que agora não justifica sorrisos no meu coração...

Para quê tanta guerra comigo?
Ainda tento-me abraçar
para acalmar-me... meu inimigo...

Mas quem está a chorar?
Eu...? Eu...? Eu...? Ou eu?
Ou... um qualquer eu que já morreu
e que ressuscitou para me atormentar?

Quero fugir da irrealidade
porque só consigo fingir na realidade...

Não consigo viver,
o tempo passa e eu não consigo perceber
qual de nós está a falecer,
se sou eu ou se é o espelho à minha frente...

E tudo o que vai vem voltando
cada vez mais distorcido e doente....

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