Deixa-me amparar o teu rosto
ó mulher de armas,
que encarregaste e carregaste o mundo
sem descanso, beijaste sempre os teus,
nas suas tristezas e nas suas alegrias
mas quem te beijou sem agradecimento
e com sentido fraterno?
Escorrem lágrimas de suor
sobre as tuas cicatrizes,
limpá-las-ei do teu ninho
e dar-te-ei o amor e o carinho
com que tu deste em troca,
somente, de varizes.
Sem te aperceberes,
lutaste contra o impossível
e tornaste-te invisível,
no entanto, demasiado importante,
pois tu, foste a base
onde bati as asas, tu, foste o carvão
para que eu sentisse o calor da água
e o chão onde dei os primeiros passos.
Eu fui a tua criação,
nascido para te levantar do chão,
mesmo sem quereres, mesmo sem admitires,
criaste-me com amor e nele te cuido com o meu coração.
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