Numa tarde de sol,
junto à janela da sala,
uma cadeira que baloiça
e uma música que embala.
Lendo um livro de 1963,
com os antigos óculos de ler,
sozinho, na minha plena casa.
Era hora de adormecer
para a minha cadela Rifa
que ao meu lado se deitava.
Ela lá durante o sono espirrava,
era do pó no ar da alcatifa.
As paredes da sala de estar
eram armários de prateleiras,
cheias de livros que herdei,
que me faziam viajar.
Bons tempos passei
durante a minha reforma,
anos assim foram
aos quais nunca me fartei.
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