A inocência é a universalidade dos seres vivos, é nela que está a beleza da ignorância de quem vive acreditando.

A minha inocência foi esta:


Francisco Sarmento

Este blogue encontra-se concluído para que outro aconteça agora: http://poemasdesentir.wordpress.com/

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caiu sobre a foz de um rio.
Foram águas de tristeza.
De uns olhos quaisquer sonhadores.
Mas que sonhos poderemos sonhar se vivemos numa mentira conjunta.
Com realidades individualistas em certezas do passado.
A nascente cresce da montanha.
Quanto mais o riacho desce maior se torna.
Porque mais abaixo há mais pessoas.
E há mais pessoas que choram.
Será falta de árvores e da sua harmonia.
Será a decadência das suas podres folhas que já foram belas.
Será a carência de animais que rugem quando se lhes aproximam.
Será o que interpreto do mundo.
Que é a única pena com que escrevo.
Não conheço outra pena que não a que construí.
Sozinho. E contudo, precisei de outros para construi-la.

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