Sou uma larva,
um projecto de borboleta no chão.
Infiltra-se na minha alma a luz
que me faz renascer de mim próprio,
transformando-me numa borboleta
a vaguear entre cidades de árvores,
entre relvas, entre campos floridos...
que se esforça para ser livre num bater de asas,
ao sabor ou contra o vento.
No cuidado mas não desconfiado,
entre a honestidade e a falsidade
de uma planta que me oferece o seu pólen
ou planta bela e atraente mas secretamente carnívora.
É absurdamente nobre, no tempo do Universo
sou uma borboleta que dura um dia,
entre vinte e quatro horas a voar
e morrer depois como uma brisa que veio sem ficar.
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